eu poderia contar-lhe dos meus segredos, das minhas aureas nubladas e desse coração que já partiu... eu poderia simplesmente reprimir tudo em uma caixinha e depois jogar fora, que nem uma fruta estragada. eu ando alienada por tanta coisa ao redor, ando tão sozinha, tão acompanhada, tão cheia de mim mesma. existem ligações entre o meu exterior e o meu interior que se chocam de uma forma surpreendente. por que ligar pouco? por que ligar tanto? na verdade não existe motivo para mais nada. nossas verdades são rachadas e o tempo apenas as partem em varios pedacinhos imperfeitos. gostamos, no fundo, de se arriscar, de exprimir o que na verdade nunca deveria sair. existe uma sensação de conforto as vezes em saber que tenho minha cama morna e minhas manhãs relativamente frias, meus amigos que não soltam minha mão, meus colegas de bebida e uma familia, mesmo que estressada, querida. existe esse conforto-felicidade que some e me deixa em pedaços, em pedacinhos, constantemente.
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eu queria apenas não me preocupar nem comigo e nem com os outros. tudo devia apenas acontecer. sem contratos imediatos.
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