segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

percebo que ainda ando por aí pensando um pouco no que não deveria. não que exista alguma privação nisso tudo,mas existe um amor próprio. falando nisso, tenho me sentido melhor. saido com quem gosta de mim, procurado me divrtir, conhecido quem me faça bem. quando te vendem uma imagem e você pensa amar a pessoa, isso depois vai te matando aos poucos. amei a forma, a modelagem, e tudo que seja de forma ilusória um clone. a gente as vezes anda muito por um oasis, e quanto mais anda mais vai percebendo que não existia nada ali, absolutamente nada. mas aí você lembra que tudo está ocorrendo para te fazer feliz, seja um encontro repentino de você com um livro que te fará melhor, seja a leitura nos olhos de quem pode vir a amar. é tudo distante quando imaginamos ser com nós mesmos, é tudo muito labirinto, mas depois aquilo passa, e percebe-se que a solução sempre esteve ali, inclusive a queda esteve ali, pronta para ser tomada por você de forma mais fácil e depois seu ser se reconstituir de maneira sublime. mas sempre vamos achar que na escuridão está a solução, mas sabe que não está.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

vício

lamber os dedos com chocolate, digitar, tomar café as três da manhã, digitar, colher folhes no campo, digitar, pensar no que gostaria de estar fazendo, digitar, colocar a mão por entre os grãos, digitar, deitar na cama vazia, digitar....
ela não estava viciada na vida, e talvez nem seria nele. estava vicia na vontade de saciar as suas vontades [com ele]. saudade.

domingo, 19 de setembro de 2010


eu fico bem confusa com essas coisas. me sinto culpada, sem orientação, qualquer coordenada. leio sobre todos esses efeitos e concordo com absolutamente tudo. acho que estamos caminhando para a salvação. eu não sei. hoje é um dia de confusão mental, de descobertas, de aprendizado. sinto novas presenças, desce na guela as vontades alheias e tudo se torna menos doloroso. tem que ser compaixão, humanidade, intensidade. vivam com vontade. vivam !

sexta-feira, 3 de setembro de 2010


e das suas piadas sem graça, dos comentários sem hora... eu gosto.

hoje no meio da tarde senti sua respiração mais úmida e quente nos meus ouvidos, meus olhos ainda permaneciam fechados, mas vagarozamente os abri e notei as suas vestes. a dor que eu sentia havia sumido. o sofá aconchegou nossos corpos e de leve a luz da televisão amenizou nossas mentes. seus dentes rangiram no suspense - no clímax do filme. minhas mãos afagaram o seu rosto e senti um cheiro de Pêssego com chantilly. suave,leve, deslizante. na mesma hora os meus lábios se abriram: "eu te amo incondicionalmente". e realmente amo

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

menina, é uma angústia alucinante dentro das células que sofrem mutações constantemente. cansaço físico, mental e social. talvez, no final, com esperança as coisas estejam melhor. bem melhor.

domingo, 15 de agosto de 2010

seja medo, seja inveja. não sei bem. há tempos não venho sendo o que eu era, ou talvez seja; o que mudou talvez tenha sido somente os arredores. o que costumava estar ali não está mais, o que era muito animado hoje se chama monotomia. casa, trabalho... vícios. restou de mim um purê sem graça das melancolias e dos gostos. falta hoje em mim aqueles companheiros que um dia tive ou que hoje poderia ter. perdi a moral com o social. meus olhar penetra apenas na máquina iluminada do meu quarto, e eu reajo como se fosse tudo legal, mas sem graça. assim: legal. aliás, legal é uma alavra bem... chata. sendo assim, legal não é algo que deveria ser legal. não para mim. que seja. minhas baladas são baladas de sino ao ir dormir, minha bebida é água purificada com limão, meu vestígios de alegria são risadas de lado de alguma coisa idiota, meus amigos são ursinhos de pelúcia, meu melhor amigo minha sombra. todos sumiram para mim. o que fazer da discompensação de um relacionamento unilateral? deixá-lo bilateral, multilateral, infernizá-lo? vinte anos, quase, e o gosto da terra úmida e dos vermes nojentos já me angustiam na boca. voltar a viver agora só cabe a mim. como? eu já não sei.

sábado, 14 de agosto de 2010

eu poderia pedir para que vc me dissesse com toda convicção de que não se interessa mais por mim- e isso não seria irreal. nenhum interesse em comum: música, comida, saliva, sobremesa. eu poderia pedir que o último sussurro fosse dado, mas um sussurro mais alto, menos gentil, mais estarrecedor do que todo sofrimento. uma mera vida cotidiana se formou depois do colapso e as coisas fluíram para bem longe, para as profundezas de algum lugar, de algum lugar de lugar nenhum. "tão confuso", vc me diz. "tão real", eu respondo. nada passou, nada floresceu, nada apodreceu, nada foi embora. o jardim que você plantou simplesmente cresceu um pouco depois que você foi sem rega-lo. surpreendente como a minha alma se abalou, como as noites tornaram-se mero tempo se esgotando e como toda uma história se apodreceu por cima de uma outra... estória. explanação circular, né? talvez.